Estudo propõe recomendações e caminhos para a conectividade digital da Amazônia brasileira

Foto: FGV
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O acesso à conectividade digital é cada dia mais entendido como sinônimo de integração à sociedade contemporânea, que fortalece capacidades de indivíduos e comunidades, gerando mais oportunidades de acesso aos seus direitos e possibilidades de desenvolvimento. No caso brasileiro, diversos territórios do país ainda não contam com alternativas estáveis e de qualidade no acesso à conectividade digital.

Esta é a realidade da maior parte das comunidades tradicionais no território amazônico, que hoje se configura uma das populações mais excluídas da conectividade digital. Essas comunidades tendem a viver sob condição multidimensional de exclusão, que envolve falta de conectividade física para transporte e baixo acesso à energia elétrica segura e de qualidade, tornando a falta de conectividade digital mais um desafio emergente para seu desenvolvimento.

O lançamento do policy brief Caminhos para a conectividade digital da Amazônia brasileira, fruto da parceria entre FGVces e WWF, busca contribuir para esse debate.

O documento procura atender dois objetivos complementares: analisar as principais iniciativas do Estado brasileiro para ampliar e difundir a conectividade digital na Amazônia brasileira, e colaborar com recomendações e caminhos para tomadores de decisão atuantes nessa agenda tão relevante para o desenvolvimento.

Além do mapeamento documental sobre iniciativas para expansão da conectividade digital na Amazônia e entrevistas com atores-chave, para ilustrar a dinâmica da conectividade a partir da realidade de uma comunidade específica, foi objeto do estudo a trajetória de conexão da Aldeia Solimões (Pará), território do povo Kumaruara localizado na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns no Pará, que possui longo e diverso histórico de buscar por sua conectividade digital.

O estudo aponta que o Brasil apresenta um conjunto importante de políticas públicas voltado à infraestrutura para conectividade digital em seu território. No entanto, apresentar as condições políticas e tecnológicas para disponibilização da conexão é apenas um primeiro passo para um modelo de conectividade com potencial de fornecer amplo espectro de capacidades para o desenvolvimento.

É importante viabilizar modelos de conectividade que contemplem uma malha mais sofisticada de conexões, com múltiplos operadores públicos ou privados e diferentes infraestruturas tecnológicas, e que integrem agenda de acesso combinado com energia. Além disso, é cada vez mais urgente que a educação para conectividade digital assuma papel relevante nessa agenda, tanto sob a perspectiva de eventuais regulações, quanto para preparar o cidadão para a sociabilidade digital.

Fonte: FGV.

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