’Piratas do rio’ já roubaram R$ 7 milhões em combustível em 2023

(Foto: Divulgação)
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Nos seis primeiros meses deste ano, os piratas do rio já roubaram R$ 7 milhões em combustíveis e derivados de petróleo de embarcações nos rios do Amazonas, provocando mais prejuízos para as transportadoras e distribuidoras de combustíveis do Estado, além de inúmeras perdas de arrecadação de impostos estaduais e federais.

Os dados fazem parte de levantamento realizado pelo Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma) e poderiam ser muito piores, caso as transportadoras não estivessem navegando com escoltas de segurança privadas, contratadas por elas mesmas, para assegurar a continuidade de suas operações.

De acordo com o presidente do Sindarma, Galdino Alencar, diariamente os comboios são atacados em diferentes regiões do Estado.

“Todos os dias recebemos relatos de tentativas que são evitadas por conta da escolta. A situação é alarmante e ainda nem estamos na época mais crítica do ano, quando os rios estão mais secos e a navegabilidade fica prejudicada em vários trechos, o que facilita a ação dos piratas”, acrescentou Galdino Alencar.

O presidente do Sindarma destaca que o valor é referente apenas aos derivados de petróleo roubados pelas quadrilhas e não inclui os comboios abordados transportando eletroeletrônicos produzidos e exportados no Polo Industrial de Manaus para outras regiões do país via fluvial, além de alimentos, outros produtos, equipamentos quebrados e principalmente agressões contra os tripulantes.

Polícia Hidroviária  

Ainda segundo o Sindarma, em 2022, os prejuízos com as ações dos piratas atingiram a marca de R$ 35 milhões.

Como medida emergencial, o Sindicato defende a criação da Polícia Hidroviária Federal. “Ao longo dos anos abraçamos este projeto de implantação desta força pública de segurança que possa estar presente de forma permanente nos rios, ou pelo menos nas principais rotas fluviais do estado, com bases fixas, estrutura de investigação e serviço de inteligência.

Além da contratação de escoltas de segurança para os comboios, Galdino Alencar reforça que as empresas de navegação tem investido um grande montante de recursos próprios para manter a regularidade no abastecimento do produto aos municípios do interior do estado, como o monitoramento, via satélite das embarcações 24 horas por dia em seus percursos.

“Porém, ainda não é o suficiente porque os piratas seguem agindo livremente. Eles estão preparados e fortemente armados para qualquer situação e também são uma ameaça para barcos de passageiros e ribeirinhos”, destacou Galdino.

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