Mestrando autista do Acre ganha prêmio de ilustração científica: ‘superar as diversidades da vida’

Foto de Marcos Pascoa e sua ilustração cientifica.
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Marcos Vitor Páscoa, mestrando em Ciências Ambientais da Ufac, ganhou em 2° lugar um Concurso de Fotografia e Ilustração Científica do 2º Workshop em Ciência, Inovação e Tecnologia para Amazônia que ocorreu de 13 a 17 de novembro. Marcos é o primeiro com transtorno do espectro autista (TEA) a cursar mestrado em Ciências Ambientais na Ufac.

O jovem tem 24 anos e é diagnosticado com autismo severo. O TEA é um distúrbio do neurodesenvolvimento com características de desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social. Porém, isso não foi uma limitação para o artista. Ele é bacharel em Ciências Biológicas e, atualmente, mestrando na área.

“Tive diagnóstico de autismo severo, mas ao longo de minha trajetória tive bons vizinhos e minha mãe que sempre esteve ao meu lado e me ajudou a superar as diversidades da vida. Meus professores, orientadores e a equipe do NAI sempre me motivando, amigos que conheci na universidade e no esporte dentro da universidade”, disse.

O concurso teve 28 artes submetidas, sendo cinco ilustrações e 23 fotografias. A ilustração do jovem artista ganhou em 2° lugar com 85 votos. A técnica utilizada nos desenhos foi o pontilhismo, podendo variar ao longo do desenho.

“Os desenhos começaram na minha infância, não desenhava bem. Mas quando entrei na universidade resolvi testar a motivação para melhorar a ilustrar. Meu trabalho de conclusão de curso foi sobre ilustração e até hoje sigo com isso”, explicou.

O artista é inspirado pelo reino animal, utilizando suas criações como uma forma de mostrar os animais através dos desenhos. Suas pinturas mostram a beleza, mas também a complexidade dos animais retratados.

“Escolho imagem em locais que posso encontrar sentimentos. Animais em extinção, que eu possa retratar o quão magnífica é a biodiversidade em seu olhar”, explicou.

Fonte: G1

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