Projeto usa aplicativo para monitorar andadas reprodutivas do caranguejo-uçá, no Amapá

Foto: Pixabay/SvetlozarHristov
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Uma ação de benefício para as comunidades pesqueiras no Amapá foi lançada pelo Instituto Redemar em 2025. O ‘Projeto Costamar’ monitora as andadas reprodutivas do caranguejo-uçá em campo e através de aplicativo digital.

A ação é para a preservação da espécie no local, contribuindo para a pesca sustentável na região. O monitoramento também é feito através de um aplicativo, o ‘Remar Cidadão’, que permite uma colaboração em conjunto para a pesquisa.

Thiago Couto, que é biólogo marinho da Redemar Brasil, explicou ao g1 que a ação além de contribuir para reprodução da espécie, funciona para a previsão do período de defeso sem interromper a cadeia de fonte de renda dos catadores.

“Ele serve para que a gente consiga prever quando que vai ser a andada reprodutiva do caranguejo-uçá e para que período de defeso do caranguejo seja no tempo certo […] Que a gente analisa e pega os dados para que os catadores não passem mais tempo do que o necessário sem pegar caranguejo nem que o caranguejo fique menos tempo necessário protegido da pesca”, contou.

A pesquisa acontece em parceria com a Petrobras, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e outras entidades.

Aplicativo ‘Remar Cidadão’

 

Qualquer pessoa pode utilizar o aplicativo e registrar ocorrências em qualquer ponto do litoral brasileiro, até mesmo offline. O aplicativo pode ser adquirido de forma gratuita para IOS e Android. A ferramenta já foi utilizada com sucesso pra monitoramento de caranguejos no Pará até Bahia.

“O cidadão pode entrar no aplicativo e preencher os dados. Por exemplo: ‘vi uma andada no dia tal’, registra se ela foi forte, se ela foi fraca, se foi de dia ou noite. Todos esses dados, com a ajuda da sociedade como um todo, isso vai ajudar com que a nossa absorção seja mais precisa”, disse o biólogo.

Mapeamento de caranguejos

 

O enfoque do treinamento é a utilização do aplicativo, permitindo que os próprios pescadores possam enviar dados sobre os padrões reprodutivos do caranguejo-uçá. Essa ação contribui diretamente para que o poder público defina os períodos de defeso de forma mais precisa.

Até o momento, as equipes da Estação Ecológica de Maracá-Jipioca e no Parque Nacional do Cabo Orange recebem treinamentos para o trabalho.

Com o intuito de fomentar a ciência participativa e envolver ativamente pescadores, catadores de caranguejo e trabalhadores de Unidades de Conservação, três oficinas serão realizadas nas comunidades pesqueiras atendidas pelo projeto.

Outro objetivo do projeto é traduzir conhecimento científico em informações de fácil acesso para pescadores, contribuindo para uma melhor compreensão e cooperação entre esses atores.

“A gente acredita que os períodos de andada do caranguejo vão ser diferentes esse ano, não sabemos quando, pode ser que aconteça no verão e no inverno […] Por isso a necessidade de implementar o projeto”, finalizou o pesquisador.

Fonte: G1.

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