Amazonense nota mil no Enem abre ‘vaquinha’ para manter estudos

(Foto: Seduc/Divulgação)
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Aluna nota mil na redação do Enem 2022, Rilary Manuela Coutinho, de 18 anos, lançou uma vaquinha on-line, nesta sexta-feira (24), com objetivo de arrecadar dinheiro para uma nova jornada de estudos que ela pretende começar no segundo semestre deste ano. A campanha de doações é organizada pela ONG Razões Para Acreditar.

“É uma ONG que encontra histórias e promove campanhas para ajudar as pessoas. A gente viu que eles têm credibilidade. Eles estão organizando tudo”, afirmou Rilary.

Para fazer a doação clique aqui.

De acordo com a estudante, as despesas pagas com dinheiro fruto das doações serão divulgadas para garantir a transparência à campanha. “A gente vai divulgar o que a gente está gastando para dar transparência aos doadores”, afirmou.

A mobilização ocorre após a estudante ter o nome usado em vaquinhas promovidas por desconhecidos. Na quinta-feira (23), em suas redes sociais, a estudante denunciou uma campanha promovida no site Vakinha. “Não repassem dinheiro para essa vaquinha fake que está em meu nome”, disse a estudante.

Rilary, que mora em Itapiranga, na Região Metropolitana de Manaus, quer cursar engenharia civil na Ufam (Universidade Federal do Amazonas). Para isso, ela terá que se mudar para a capital amazonense nos próximos meses. Ela e a família ainda não decidiram se alugarão um imóvel para ela morar com a tia ou se ela ficará na Casa do Estudante da Ufam.

“A minha tia mora aí (em Manaus). Estou conversando com ela sobre a possibilidade de alugar uma casa maior. A outra possibilidade é que eu fique na Casa do Estudante”, disse Rilary.

A história da estudante gerou mobilização de entidades, políticos e empresários, que se colocaram à disposição para ajudá-la. Rilary disse que ela e a família ainda estão organizando todas as propostas. “São muitas propostas. Está meio bagunçado. A gente está organizando ainda. Ainda não parou para ver todas as propostas”, afirmou Rilary.

Após a divulgação da nota no exame, a estudante conversou com o governador do Amazonas, Wilson Lima, que garantiu que a Seduc (Secretaria de Educação do Amazonas) prestará o auxílio necessário para que ela cursasse a faculdade. A Prefeitura de Itapiranga, cidade onde ela mora, também prometeu ajudar a estudante.

Outras entidades promoveram campanha para doações. Rilary disse que a família dela conversou com os organizadores, que repassarão o dinheiro à família. “Sobre as vaquinhas que foram abertas sem autorização da família, a gente já conversou com essas pessoas. Elas vão repassar o dinheiro. Foram duas campanhas, sem ser essa fake que é de São Paulo”, afirmou Rilary.

Nota mil

Rilary ficou conhecida por estar na lista dos 24 alunos da rede pública de todo o país que alcançaram a nota máxima no Enem no ano passado. O sucesso na prova escrita foi fruto de incansável dedicação aos estudos. Além do conteúdo absorvido em sala de aula entre 7h e 16h, ela adquiria conhecimento à noite com livros da escola pública onde estudava.

A rotina foi cansativa, o que levou a estudante a decidir reservar o primeiro semestre deste ano para descansar e ficar mais perto da família antes de viajar. “Ano passado foi muito intenso para mim. Eu me desgastei física e mentalmente. Agora estou me desgastando de novo. Quero passar esses meses com a minha família”, afirmou Rilary.

Com a nota mil da redação, Rilary se inscreveu no Sisu (Sistema de Seleção Unificada) nesta semana. No entanto, o ingresso no curso de engenharia civil no segundo semestre deste ano na Ufam ocorrerá através do PSC (Processo Seletivo Contínuo), cuja prova da terceira etapa ocorrerá em abril. Ela disse que já conseguiu nota suficiente na primeira e na segunda etapa.

“No PSC, eu tenho pontuação muito boa. Só não posso zerar na redação. Só não zerar na redação que eu consigo. Alcancei a nota de engenharia civil”, afirmou Rilary.

A estudante disse que foi aprovada para o curso de Engenharia de Materiais no vestibular da UEA (Universidade do Estado do Amazonas), cujo resultado foi divulgado no mês passado, mas não se inscreveu porque não era a área que ela queria cursar. “Eu passei na UEA para Engenharia de Materiais, mas não era o curso que eu queria”, disse Rilary.

*Com informações do site Amazonas Atual

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