A história da Tutiplast Indústria e Comércio se confunde com a própria evolução da indústria plástica na Amazônia. Fundada em outubro de 1993 em uma pequena garagem no bairro da Glória, em Manaus, com apenas três colaboradores e foco na produção de recipientes plásticos, a empresa hoje movimenta mais de R$ 430 milhões por ano, emprega cerca de 2 mil pessoas direta e indiretamente, e mantém sua primeira planta no Sudeste, em Itupeva (SP).
“A Tutiplast é uma empresa genuinamente amazonense, de grande porte, capital familiar e sediada em Manaus”, destaca Mariana Barrella, diretora da companhia. Ao longo dos anos, a empresa cresceu de forma consistente, consolidando como uma das maiores companhias do país no segmento, atendendo indústrias de linha branca, eletroeletrônicos, automotivos, iluminação, telecomunicações, higiene e limpeza, entre outros setores.
Se o passado da Tutiplast foi marcado pela industrialização e pela expansão de mercado, o futuro aponta para a bioeconomia. A empresa decidiu investir na fibra de curauá, parente do abacaxi, cultivada por agricultores familiares de Novo Remanso, distrito de Itacoatiara.
“O curauá foi identificado como uma fibra de desempenho excepcional, com potencial de substituir reforços sintéticos, reduzindo a dependência de insumos fósseis e a pegada de carbono”, explica Mariana. Atualmente, 72 famílias participam da cadeia de fornecimento, número que deve crescer nos próximos anos, criando um polo sustentável de produção. Entre os desafios estão a criação de mudas mais resistentes, a padronização do cultivo, o beneficiamento da fibra e a logística de transporte em áreas de difícil acesso. “Esses obstáculos, embora complexos, são enfrentados com apoio técnico e científico, permitindo consolidar uma base produtiva mais organizada e sustentável”, relata.
A partir deste ano, os contratos de fornecimento contínuo devem gerar aumento real de renda para as comunidades rurais. “Esse impacto vai além da geração de receita imediata, pois cria estabilidade econômica e novas oportunidades para jovens e mulheres do interior”, destaca.
A empresa também pesquisa novos insumos amazônicos, como o ouriço da castanha, cápsula lenhosa geralmente descartada pelos extrativistas, que apresenta alta densidade e rigidez, podendo ser aplicada em biocompósitos para setores como o automotivo, eletroeletrônico e de embalagens. Com duas plantas em Manaus, 1.600 colaboradores diretos e certificações internacionais, a companhia aposta na digitalização, descarbonização e integração com cadeias globais de valor. “Orgulhamo-nos em ser uma das poucas empresas do PIM que incorpora ao seu processo produtivo a economia da floresta, induzindo as cadeias da sociobiodiversidade”, afirma Mariana. A estratégia é clara: consolidar-se como referência nacional em soluções termoplásticas sustentáveis e ampliar sua participação em cadeias globais, unindo escala produtiva, inovação tecnológica e valorização dos insumos amazônicos.
Parque de Bioeconomia reforça ambição de Belém em liderar a agenda amazônica
Às vésperas da COP30, Belém inaugura o ‘Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia’, um marco econômico e ambiental para a região. Com 6 mil m² e cerca de R$ 300 milhões em investimentos, o espaço, instalado nos Armazéns 5 e 6 do Porto Futuro, reúne laboratórios, coworkings e incubadoras, formando um ecossistema único voltado à bioeconomia florestal.
O objetivo é transformar biodiversidade em valor econômico por meio de ciência, tecnologia e empreendedorismo, conectando comunidades tradicionais, startups e grandes empresas. A iniciativa posiciona o Pará como protagonista da transição ecológica brasileira e atrai investidores interessados em cadeias produtivas verdes, com potencial de gerar empregos, inovação e renda local.
Os desafios, contudo, são relevantes: garantir financiamento contínuo, marcos regulatórios claros, proteção dos ativos genéticos, repartição justa de benefícios e capacidade de escalar negócios para os mercados nacional e internacional.
Com apoio do BNDES, Multilaser amplia operações em Manaus e Extrema
A Multilaser vai iniciar um novo ciclo de expansão tecnológica no Polo Industrial de Manaus (PIM), impulsionado por um contrato de R$ 294,1 milhões firmado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os recursos serão aplicados em projetos de inovação, modernização fabril e digitalização de processos, alinhando a empresa aos conceitos da Indústria 4.0.
Com presença consolidada há mais de duas décadas no PIM, a companhia fabrica uma ampla gama de eletroeletrônicos, eletroportáteis e equipamentos de informática. O investimento contempla, além da planta de Manaus (AM), a unidade de Extrema (MG), ampliando a estratégia de integração digital das operações industriais.
O aporte aprovado em setembro representa um passo estratégico para fortalecer a competitividade da empresa e do próprio polo industrial, com foco em automação, desenvolvimento de novos produtos e expansão da área de P&D. Para a economia do Amazonas, o movimento significa maior atração de fornecedores especializados, manutenção de empregos qualificados e reforço da posição da Zona Franca como plataforma de inovação no cenário nacional.
Autoatendimento ganha força no Norte com chegada da Maria Express a Manaus
Manaus ganha mais uma franquia da Maria Express, rede de lavanderias de autosserviço do Grupo Maria, que acaba de inaugurar uma nova unidade em Manaus, reforçando sua presença no Norte do Brasil e apostando no modelo de autoatendimento como diferencial estratégico.
O setor de autosserviço no país vem surfando tendências fortes de comportamento do consumidor. Segundo estimativas recentes, o autoatendimento no Brasil tem registrado um crescimento expressivo ano a ano, chegando a apresentar aumento de até 90% entre 2022 e 2024 na adoção de soluções automatizadas em diferentes segmentos. Além disso, pesquisas apontam que cerca de 75% dos consumidores já priorizam tecnologias que evitem o contato físico nas compras, o que reforça a aderência desse modelo em serviços essenciais.
A nova loja da Maria Express, localizada no bairro Ponta Negra (Avenida Coronel Teixeira, nº 5006 – loja 50, Shopping Open Mall), operará 24 horas por dia, com processos de lavagem e secagem que duram cerca de uma hora.
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RÁPIDAS & BOAS
O Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), está recebendo propostas para o ‘Programa de Incentivo à Ciência, Tecnologia e Inovação Aplicada aos Recursos Hídricos e às Mudanças Climáticas Extremas – Aqua CT&I/Fapeam’, edital nº 014/2025. Podem concorrer pesquisadores com títulos de mestres e doutores. Os interessados devem apresentar propostas em formulário online específico até segunda-feira (13/10) pelo link (https://www.fapeam.am.gov.br/).
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Entre os dias 14 e 17/10, Manaus vai sediar ‘12º Simpósio Brasileiro de Óleos Essenciais (SBOE)’, evento que coloca a capital amazonense no centro das discussões sobre bioeconomia e produção sustentável na Amazônia. O encontro será realizado no Centro de Convenções Vasco Vasques e as inscrições podem ser feitas por meio eletrônico (https://tinyurl.com/4heavpnx).
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No sábado (18/10), acontece em Manaus o ‘We Talk 2025’, com o tema central ‘Comunicação e Empreendedorismo’. Os conteúdos vão abordar temas que estão em alta no mercado: marketing, vendas, conteúdo regional, inovação, creator economy, branding, design, tecnologia e comportamento. O evento será realizado no Centro de Convenções Manaus Plaza Shopping e os ingressos estão disponíveis para compra pelo link (https://tinyurl.com/2hd4jpnx).