A Zona Franca de Manaus tem na origem a missão de incentivar a indústria, o comércio e a agropecuária, mas este último sempre foi tratado como “patinho feio” do modelo. Neste ano, contudo, cresceu exponencialmente o número de projetos aprovados para o Distrito Agropecuário da Suframa (DAS) e novas medidas de incentivo estão na pauta do superintendente Bosco Saraiva.
Ao Realtime1, ele disse que já garantiu que as ações da Suframa voltadas ao DAS continuarão por meio da regularização fundiária e do apoio e fortalecimento das cadeias produtivas existentes na área.
“Recebemos hoje (19) do Exército Brasileiro o georreferenciamento das glebas do DAS, que trará grandes avanços na regularização fundiária, sobretudo, para as comunidades de agricultura familiar”, ressaltou Bosco Saraiva.
Conforme a assessoria da Suframa, os projetos do DAS vem crescendo em quantidade nas pautas do Conselho de Administração da Suframa (CAS) em função da atenção que vem sendo dada a esse setor tão importante para o desenvolvimento da nossa região pela nova gestão da Autarquia. Eles citam como exemplo a Feira do DAS, realizada na semana passada.
Um dos pontos altos da Feira, por exemplo, foi a consolidação das relações entre instituições financeiras e os produtores rurais, com uma exposição abrangente das diversas opções de crédito oferecidas pelo Banco do Brasil, Banco da Amazônia (Basa), Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“A proposta inovadora do BNDES sobre créditos de carbono também gerou considerável interesse e entusiasmo nos participantes”, afirmou o superintendente adjunto de Projetos da Suframa, Leopoldo Montenegro, responsável pelas ações do DAS.
Suframa tem agropecuária nas origens
Os pilares de criação da Zona Franca de Manaus, industrial comercial e agropecuário tiveram distintos crescimentos ao longo dos anos, o que ocasionou um distanciamento do DAS em relação ao crescimento dos outros pilares do modelo ZFM, reconhece a Suframa.
“Apesar disso, estamos vivendo um novo momento no nosso país e no mundo, ocasionado por um impulso Bio que nós temos como obrigação, por estarmos dentro da Amazônia, de conduzir e liderar esse processo, promovendo o desenvolvimento e a consolidação da bioeconomia que pode se utilizar do DAS como uma de suas plataformas de desenvolvimento”, diz a nota enviada pela assessoria da Suframa.
A ciência, tecnologia e a inovação podem e devem ser utilizadas para impulsionar a agregação de valor dentro do DAS, o que pode também ser realizado através dos investimentos de uma das maiores políticas públicas da Amazônia, a Lei de Informática da Zona Franca de Manaus.
“São muitos os desafios, porém grandes as possibilidade de com essa nova visão elevar o DAS a patamares nunca anteriormente atingidos”, conclui a nota da assessoria.
*Com informações do site RealTime1