Startup criada por pesquisadora do Amapá gera plantas que podem ser resistentes à pragas

Foto: Freepik/@freepik
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A startup amapaense Raízes Biotech apresentou esta semana uma alternativa para o combate de pragas que atingem plantações no norte do estado. A iniciativa foi exposta durante o Inova Amazônia Summit, em Macapá.

A ideia surgiu em um laboratório da Universidade do Estado do Amapá (Ueap) através de pesquisas da engenheira agrônoma Rosângela Pena com a participação de estudantes da instituição.

A empresa trabalha com o melhoramento genético e micropropagação de plantas, além de cultivar mudas mais resistentes à doenças. A startup consegue produzir plantas em larga escala e oferecer soluções agronômicas e tecnológicas para produtores. A próxima etapa é a estruturação da primeira Biofábrica Vegetal no estado do Amapá

A pesquisadora explicou que a pesquisa surgiu a partir da percepção de que a infestação de pragas havia se tornado um problema grave. Principalmente para quem possui plantios como fonte de renda.

“Surgiu para atender a grande necessidade do mercado do agronegócio, que hoje encontra-se em franca expansão no Amapá, principalmente no setor de produção de mudas agrícolas e florestais, onde as mesmas são produzidas na biofábrica vegetal da startup”, disse.

A modificação genética e inovadora das mudas ainda está em processo inicial, mas já produz em larga escala. O processo pode ser uma alternativa aos municípios em situação de emergência no estado.

“Ocasionando assim uma produtividade dos clones em larga escala, com características genéticas superiores, isentas de pragas e doenças e em curto espaço de tempo, quando comparadas a produção de forma convencional”, disse a pesquisadora.

Além da manipulação das mudas em laboratório, a startup promove diferentes práticas como a conscientização para a população diretamente atingida pelo problema. Entre as ações para os problemas de doenças em plantações, estão:

  • Micropropagação de plantas resistentes a doenças;
  • Produção em larga escala de mudas saudáveis;
  • Soluções agronômicas e tecnológicas para microprodutores;
  • Orientação técnica para povos indígenas, tradicionais e ribeirinhos.

 

Safira Agnes é acadêmica de engenharia química da Ueap e integra a equipe. Ela destacou a importância de resolver problemas e dar soluções para a sociedade com a capacidade de produzir plantas em larga escala e repor o cultivo de plantas afetadas por doenças.

“Hoje, com a problemática que é o fungo da vassoura-de-bruxa e também diversas outras pragas, a gente consegue repor o cultivo dessas plantas, a cultura acaba sendo prejudicada e aí a gente resolve essa problemática também. Hoje a gente atua com a parte de laboratórios. A gente trabalha hoje também sob demanda. Então a gente vai conseguir produzir, digamos, eu preciso de mil plantas, mil mudas. A gente consegue produzir em laboratório e de maneira também mais rápida”, disse Safira.

O Raízes Biotech, é uma das startups expostas no evento Amazônia Summit 2025, que promove a bioeconomia e negócios na região amazônica, no Sebrae, em Macapá. A programação que é uma preparação para a COP30 segue até sexta-feira (23) com exposições, palestras e painéis.

O projeto é composto também pelo perito florestal e técnico em controle ambiental Robério Calixto, a engenheira florestal Ediellen Gomes e Noelle Almeida, além do graduando em ciências biológicas Thiago Corrêa.

Fonte: G1.

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