Sobrevivência das empresas é desafio

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Planejamento é passo estratégico para manter um empreendimento ativo

O diretor-superintendente do Sebrae no Pará destaca a importância da qualificação para incrementar a gestão dos negócios ()

Mais de 80% das empresas paraenses encerraram suas atividades antes de completar 10 anos. É o que revela os dados da Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento levou em consideração a taxa de sobrevivência das unidades nascidas em 2009 e sua permanência ao longo de uma década. De acordo com o estudo, naquele ano, surgiram 11.911 empresas no estado. No ano seguinte, mais de um quarto delas fechou as portas. Em cinco anos, apenas 36,2% delas continuavam em atividade e, ao final da década, o índice chegou a 19%.

Em toda a região Norte, o resultado observado após 10 também foi o mesmo. Eram 32.925 empreendimentos surgidos em 2009, dos quais 73,1% ainda estava ativo após um ano e 35,6% em 2014. Em 2019, eram apenas 19%. Considerando o cenário nacional, o estado e a região tiveram um desempenho inferior em relação ao tempo médio de sobrevivência das empresas. Eram 755.034 empresas no país em 2009. Em um ano, 22,5% delas já deixaram de existir, em 2014, 41,6% estavam ativas e em 2019 eram 22,9%. Ou seja, em uma década, oito em cada 10 empresas encerra suas atividades.

O analista do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado do Pará (Sebrae), Péricles Diniz avalia que esses resultados se deve principalmente à falta de planejamento, sobretudo porque alguns negócios surgem em momentos de emergência, como o desemprego.

“A mortalidade precoce de uma empresa está relacionada ao planejamento. Faltam informações sobre o capital de giro, os fornecedores, a matéria-prima, tudo que é necessário antes de abrir uma empresa. Quando não se alcança o faturamento esperado, se começa a pedir credito e quando esse recurso não é bem empregado, principalmente na atividade-fim, ele vira um endividamento”, analisa Diniz.

Um dos aspectos em que o planejamento pode ajudar é na compreensão de que o lucro não vem tão rápido, por isso manter uma reserva de recursos é importante. “O Sebrae pode ajudar nessas orientações. Você precisa saber que, em geral, tem que ter essa reserva para se manter por um período de seis meses a dois anos. Nesse meio tempo às vezes é preciso fazer propaganda, investir em capacitação e outras ações até que a empresa se estabilize”, ressalta o analista.

Para o diretor-superintendente do Sebrae no Pará, Rubens Magno, um dos aspectos que deve ser observado constantemente pelos empresários é a capacitação. “Trabalhar a gestão empresarial é de extrema importância para a sobrevivência dos negócios, principalmente dos pequenos. Sem preparação adequada para empreender, a superação de desafios chega a ser até impossível em alguns casos, levando à mortalidade da empresa. Por isso, o Sebrae oferece à pessoa que empreende ou quer empreender diversas opções de capacitação, consultorias e participação em eventos de mercado, apoiando tanto para que comece da forma adequada, quanto para a sustentabilidade do negócio no mercado”, destaca.

CAPACITAÇÂO

Para manter-se ativo no mercado, a atualização sobre as dinâmicas da economia tem um peso importante, em especial para microempreendedores individuais. Com a proposta de oferecer formações que auxiliem a promover e a disseminar esse tipo de empreendimento, o Sebrae realiza de 16 a 20 de maio a 13ª edição da Semana do Microempreendedor Individual.

A programação será hibrida e contará com capacitações e atendimentos, voltados especialmente aos segmentos de moda, beleza, alimentos e bebidas, setores em que há predominância de MEIs. De acordo com o Sebrae, existem no Pará existem 299.573 microempreendedores individuais, sendo 146.603 deles atuantes na Região Metropolitana de Belém. A cada dia da semana, esses empresários poderão aprender mais sobre temas como “Inspiração”, “Oportunidades”, “Comece Certo”, “Cuide do Dinheiro” e “Hora de Vender”.

“A Semana do MEI está com um diferencial por ser híbrida. Tudo que o MEI precisar ele vai ter acesso ao longo do evento, seja assistir uma oficina online, conversar com consultores para saber como tirar a ideia dele do papel ou como melhorar o negócio, enfim serão vários serviços no mesmo dia e local e com mais rapidez e praticidade para que o empreendedor consiga resolver todos os problemas da sua empresa”, pontua o analista Péricles Diniz.

Nos ambientes online, os participantes terão orientações técnicas, mentorias, cursos EAD e outros serviços oferecidos por meio da Agência Digital. Serão quatro consultores para orientações técnicas nas temáticas de atendimento; além de consultorias em formato rápido com disponibilização de ferramentas práticas nas áreas de Marketing Digital, Vendas, Modelagem de Negócios e Finanças.

Já para quem optar pela participação presencial, haverá 73 pontos de atendimento em todo estado, entre agências, salas do empreendedor e pontos de parceiros. Alguns serviços disponíveis incluem: formalização, emissão de DAS, alteração e atualização de cadastros, declaração anual de faturamento, baixa de MEI, desenquadramento, regularização e parcelamento de dívidas.

Serviço: Semana do MEI. De 16 a 20 de maio. Para conferir a programação, acesse o site:  www.pa.sebrae.com.br

Fonte: O Liberal

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