Sebastião Salgado diz que Bolsonaro tem destruído tudo na Amazônia

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O fotógrafo lembra que a destruição da Amazônia começou antes de Bolsonaro, mas ele aprofundou o processo

Lenda da fotografia mundial, Sebastião Salgado fez duras críticas ao governo de Jair Bolsonaro com relação a Amazônia, na reportagem da Folha de S. Paulo.

O conteúdo da matéria relata que Salgado começou a fotografar a Amazônia ainda nos anos 1980, mas intensificou suas expedições no início dos anos 2000 durante o projeto “Gênesis”, feito em lugares intocados do planeta.

Foto: AFP / Yasuyoshi Chiba

“Voltando para fazer essas fotografias eu constatei uma grande ferida na Amazônia, ela estava machucada. Vi regiões que, naquela época que eu tinha trabalhado, eram florestas totalmente virgens, e elas já estavam bem, bem destruídas. Aí vi que era o momento de fazer um trabalho maior.”

O fotógrafo lembra que a destruição da Amazônia começou antes do governo de Jair Bolsonaro, mas também afirma que essa gestão tem tentado destruir uma série de instituições ligadas à proteção do meio ambiente, como toda a ação de proteção ao bioma amazônico que deve ser feito pelo Ibama.

Ainda que o cenário atual seja de desarticulação dos mecanismos que protegem esse ecossistema, Salgado acredita que a tanto a instituição quanto a floresta não serão aniquiladas.

“Os antropólogos, sociólogos e indigenistas da instituição conseguiram preservar mais de 25% de todo o território amazônico e indígena graças ao grande trabalho da Funai ao longo dos anos. Dentro de um ano depois da mudança desse governo, a Funai volta a ser a Funai outra vez”, diz ele. “Ela tem um papel histórico determinante na Amazônia.”

Além da negligência governamental, Salgado vê um impacto da crise climática na floresta, com secas que ele nunca havia visto antes e que tem sido presentes no último ano.

Para chamar a atenção para a necessidade de preservar todo esse ecossistema, incluindo os povos originários que vivem ali, também faz parte da mostra uma série de concertos de música clássica na Sala São Paulo, retomando composições de Villa-Lobos e Philip Glass para a floresta amazônica.

Novas imagens

Não são as imagens da Amazônia em chamas que nos acostumamos a ver nos últimos anos, em meio a alta de queimadas, que Sebastião Salgado traz agora para o público brasileiro.

A Amazônia em preto e branco do fotógrafo é essa paisagem grandiosa, fora de qualquer escala humana, cortada por rios que parecem cortar a terra e o céu, enredada por uma neblina que engole seus grandes montes.

“Tenho a esperança de que minhas fotografias traduzam essa generosidade da Amazônia”, afirma ele, que abre em fevereiro uma exposição com sua série sobre a floresta amazônica no Sesc Pompéia, em São Paulo, depois de mostrar essas imagens em Londres, Paris e Roma.

Leia mais na Folha de S. Paulo

 

Fonte: BNC

 

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