Reforma da sede do Centro de Bionegócios da Amazônia custará cerca de R$ 15 milhões

(Foto: Junio Matos/A Crítica)
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O Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA) vai precisar investir cerca de R$ 15 milhões na reforma da sede da autarquia. A informação foi repassada ao A CRÍTICA pela nova administração nesta quinta-feira (24) no lançamento do CBA Open, iniciativa que busca integração com os pesquisadores, instituto de pesquisa e indústrias da região. A meta, de acordo com o diretor-geral, Elias Moraes, é que em cinco anos a bioeconomia ultrapasse o percentual de arrecadação dos bens e informática da Zona Franca de Manaus (ZFM), que hoje ultrapassa os 30%.

Diretor administrativo do CBA, Carlos Henrique, disse que após a assinatura do contrato com a Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (Fuea) estão sendo verificadas questões relacionadas à regulamentação, melhoria da infraestrutura e elaboração de projetos. Durante a fase de transição, segundo ele, foi realizado um levantamento de toda a infraestrutura para as pesquisas. O valor ainda será discutido com os órgãos superiores.

“Por isso que precisamos de parcerias, de ações do governo, de parceria público e privadas, precisamos de fundo de investimentos, de todo o capital que está preocupado com a nossa Amazônia. O desafio é grande, mas vamos vencer”, disse Henrique.

O novo regramento interno, que está sendo constituído, terá portarias conjuntas do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Os resultados, segundo ele, já poderão ser notados no próximo ano, quando esperam a formatação de pelo menos duas dúzias de projetos voltados para o bioma amazônico que gerem patentes e criação de novos produtos.

“Momento de cooperação”

O valor final da reforma da sede, foi indicado pelo diretor-geral do CBA, Elias Moraes, que enfatizou a necessidade de parcerias para financiar as atividades do centro. Para ele, o “momento agora é de cooperação”. Uma das propostas para dar início das operações pela Fuea foi o convite a 22 institutos de pesquisa para o CBA Open onde foram apresentados os desafios e oportunidades de negócios para as instituições que são beneficiadas pela Lei da Informática do Polo Industrial de Manaus (PIM).

Segundo Elias, cerca de cinco projetos com ênfase em no pescado, fármacos, cosméticos e no café estão em processo de finalização. Uma dos maiores desafios será ramificar as atividades biotecnológicas para o interior do estado e para as outras regiões da Amazônia Ocidental e região Panamazônica e aproveitar a oportunidade prevista na Reforma Tributária que traz no esboço a previsão de investimentos em economia verde.

“Um dos motivos que nos fez ganhar o certame foi colocar na nossa proposta que 40% daquilo que eu captar vai ser colocado na periferia da Amazônia. A gente precisa deixar uma alternativa para deixar o povo nas suas comunidades. Quando a gente retém a gente gera empreendedorismos nos municípios e a gente por tabela melhora as condições, declarou Elias durante o evento no CBA onde também convidou as universidades a repensarem as grandes curriculares direcionadas a bioeconomia e aos institutos de pesquisa apoiar as pesquisas locais.

Portas abertas para empresários

A proposta de colaboração com o CBA foi avaliada positivamente pelo diretor executivo do Instituto de Desenvolvimento Tecnológico (INDT), Geraldo Feitoza, que considera fundamental essa aproximação entre as partes ecossistema de inovação para que haja fortalecimento dos negócios.

“O consumidor final está cada dia mais exigente. Ele quer saber, quando paga por uma abacaxi no supermercado, quando o cara que plantou o abacaxi ganhou. Se eu compro abacaxi a R$10, ele ganhou R$ 1 real ou não ganhou nada? Hoje estamos num momento que a Amazônia está em foco e a gente pode mostrar ao mundo que podemos aproveitar toda essa riqueza de forma correta e sustentável”, pontou Geraldo.

Oportunidade que se abre para quem também busca novos nichos de mercado como para o Bento Pinto, proprietário da foodtech, Amazônia Smath Food. Embora tenha parceria com o CBA há um ano, ele conta que nunca havia de fato entrado na sede da autarquia. Essa falta de acessibilidade, segundo ele, prejudicou diversos projetos ao longo do ano, e com a abertura do espaço será possível ter uma troca de experiência entre o centro que possui tecnologia e os empreendedores que tem a expertise.

“Com essa abertura o CBA tem a tendência de expandir muito a área de bionegócios e claro, participar de maneira mais ativa com a comunidade. No meu negócios, hoje em dia, para montar uma laboratório de pesquisa é caríssimo e o CBA tem esses equipamentos”, indicou Bento que desenvolve proteínas vegetais a base de insumos da Amazônia.

*Com informações do site A Crítica
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