Quer fazer negócio com comunidades indígenas? As dicas de Tashka Yawanawa

(Foto: Marcos Coronato)
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on pinterest
Pinterest

Tashka Peshaho se tornou líder da Aldeia Mutum, no Acre, em 2001, e foi um dos responsáveis por levar o povo Yawanawa a um período com muito mais autonomia e dignidade. No fim do século 20, os Yawanawa experimentaram o pior do relacionamento com invasores: exploração econômica nos seringais e abuso espiritual por parte de missionários evangélicos, com disparada de problemas como endividamento, alcoolismo e violência.

A partir de um contato inicial com a fabricante de cosméticos americana Aveda na Rio-92, e com a visão de líderes como Tashka, os Yawanawa passaram a tomar decisões de forma independente e empreendedora. O trabalho nas aldeias passou a incluir ecoturismo, criação de biojoias e fornecimento de sementes de açaí e urucum. As marcas de moda Bottletop, do Reino Unido, Chilli Beans e Farm, do Brasil, são três das parceiras mais recentes.

O líder indígena participou da segunda edição do FIINSA (Festival de Investimentos de Impacto e Negócios Sustentáveis na Amazônia), em Manaus, e, antes de sua fala, abençoou o evento seguindo um ritual Yawanawa. Em seguida, apresentou algumas condições para que o trabalho conjunto entre empresas e indígenas seja bem-sucedido:

1. “A parceria com a Aveda funciona porque não somos tratados como funcionários. Somos vistos como parceiros”;

3. “nenhuma empresa pode interferir no funcionamento da aldeia no dia a dia”;

4. “o tempo na aldeia não é como o tempo numa empresa. Não dá para querer marcar reunião de repente, para dali a 10 minutos”;

5. “quando for preciso, a conversa tem de ser entre líderes, sem intermediários”.

*Com informações do site Um Só Planeta

EnglishPortuguese
Open chat
Precisa de ajuda?