Pesquisadores coletam informações importantes sobre as transformações do clima em uma estação científica com mais de 300 metros de altura, bem longe dos centros urbanos. E para tudo funcionar, alguém precisa viver ali. É o que mostra o repórter Murilo Salviano.
No episódio anterior, você conheceu o distrito de Cococi. Uma antiga cidade no sertão do Ceará onde vivem hoje apenas duas famílias. Agora, a equipe do Fantástico sai do semiárido e embarca para um lugar onde as chuvas e os rios são abundantes.
As árvores são enormes, mas parecem miniaturas perto de uma estrutura: a maior torre de pesquisas climáticas do mundo. Fica no coração da Floresta Amazônica, bem longe dos centros urbanos. E para funcionar, alguém precisa viver ali.
A torre fica em um lugar tão remoto, que só se chega até ela com a ajuda das equipes do INPA — o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.
O acampamento fica completamente cercado pela floresta. É uma construção simples, que mistura alvenaria, madeira… e telas, para proteger dos insetos.
Murilo Salviano: E você é um dos moradores mais antigos daqui?
Antônio: Da estação sim.
Murilo: Há quanto tempo você vive aqui?
Antônio: Ah, tem uns 10, 11 anos. Desde o início até hoje.
Murilo: Você ajudou a construir tudo isso?
Antônio: Tudo! Eu participei de toda a construção.
O projeto de pesquisa é conhecido como ATTO – uma sigla em inglês para “Observatório Torre Alta da Amazônia”. A estação serve como base mais 200 cientistas que estudam como a floresta amazônica interage com a atmosfera e com o solo que fica embaixo dela. É uma parceria do INPA com o instituto alemão Max Planck.
Os técnicos são praticamente os guardiões do acampamento. Muitos trabalham ali há mais de 10 anos.
Fonte: Fantástico