Projeto transforma resíduos do babaçu em hambúrguer e fortalece comunidades tradicionais no Maranhão

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No coração do Maranhão, um projeto está transformando a realidade de comunidades tradicionais de quebradeiras de coco. Com a liderança da pesquisadora Guilhermina Cayres, uma rede de profissionais, professores e pesquisadores tem desenvolvido novos produtos a partir do babaçu, promovendo o aproveitamento integral deste fruto típico da região. O mais recente resultado desse trabalho é um hambúrguer vegetal feito a partir do resíduo da amêndoa do babaçu.

Desde 2012, a equipe liderada por Guilhermina vem realizando estudos e consultorias com comunidades de quebradeiras de coco. “Nosso objetivo sempre foi desenvolver tecnologias para o aproveitamento integral do babaçu, atendendo às demandas dessas comunidades”, explica Guilhermina.

Sem profissionais especializados em inovação de alimentos na unidade local da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a solução foi criar uma rede de parceiros. “Buscamos professores e pesquisadores da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), especialistas da iniciativa privada e Universidade Federal do Ceará (UFC) para compor uma equipe multidisciplinar”, detalha a pesquisadora. O objetivo não é apenas criar produtos, mas sim desenvolver essas tecnologias com as comunidades, garantindo que o conhecimento permaneça acessível e possa ser replicado.

O primeiro passo foi desenvolver produtos simples, partindo de alimentos que já eram produzidos e comercializados pelas quebradeiras de coco, como o biscoito de babaçu, que fazia parte da merenda escolar em algumas regiões.

Com a confiança das comunidades estabelecida, os pesquisadores avançaram para produtos mais elaborados, como sorvetes, bebidas vegetais e, mais recentemente, um análogo de queijo produzido a partir do leite de babaçu.

Já o hambúrguer de babaçu surgiu da necessidade de reaproveitar o resíduo da prensa do fruto, que tradicionalmente era descartado ou utilizado como alimento animal. Agora, o hambúrguer é comercializado em feiras locais e regionais, além de integrar a rota de turismo quilombola, onde os visitantes podem experimentar os produtos em refeições comunitárias. Entretanto, desafios regulatórios ainda impedem a ampla distribuição do produto, pois a infraestrutura das agroindústrias locais precisa de adequação para atender às exigências sanitárias.

O projeto já beneficia diretamente cerca de 45 famílias em três comunidades no Maranhão: Pedrinhas, Vinagre e Chapadinha. Além disso, seu impacto se estende a outras famílias que observam, testam e adaptam as inovações em seus próprios negócios. “As quebradeiras de coco são protagonistas desse processo, testando novas fórmulas e contribuindo ativamente para a evolução dos produtos”, enfatiza Guilhermina.

Recentemente, o hambúrguer de babaçu foi um dos projetos premiados em uma seleção internacional que avaliou mais de 100 iniciativas de diversos países. O reconhecimento destacou a qualidade do produto, e a abordagem inovadora do projeto, que une sustentabilidade, inovação e impacto social.

Fundação Dom Cabral inaugura hub de capacitação para empreendedores em Manaus

No domingo (29/6), a Fundação Dom Cabral (FDC) inaugura em Manaus o ‘Espaço Empreendedor Pra>Frente’, iniciativa voltada à capacitação de micro e nanoempreendedores da região, com foco em gestão de negócios e inclusão produtiva. A ação conta com parceria da Associação de Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro (AMARN), apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Movimento Bem Maior (MBM), e integra um projeto nacional que prevê 12 unidades até 2026.

A unidade de Manaus será a primeira da região Norte e utilizará a metodologia ‘Pra>Frente Play’, com encontros presenciais e atividades digitais. A expectativa é formar 100 empreendedores ao longo do ano, com atenção especial às mulheres indígenas e à economia solidária.

Toxina de escorpião amazônico mostra eficácia contra o câncer de mama

Na Amazônia, mais uma vez, a biodiversidade se revela não apenas como símbolo de exuberância natural, mas como vetor estratégico de inovação científica e econômica. Um recente estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) demonstrou que uma toxina extraída do escorpião ‘Brotheas amazonicus’, espécie nativa da região, apresenta potencial equivalente ao do paclitaxel – um dos medicamentos mais utilizados no combate ao câncer de mama – na eliminação de células tumorais em testes laboratoriais.

Batizada de ‘BamazScplp1’, a molécula mostrou alta eficácia em culturas de células, inclusive com ação por necrose, o que representa uma nova frente terapêutica no tratamento da doença que mais acomete mulheres no Brasil. O estudo, apresentado durante a FAPESP Week França – evento promovido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) – reforça o que cientistas e lideranças amazônicas vêm afirmando há décadas: a floresta em pé tem um valor imensurável que vai muito além da madeira ou do solo explorado.

A descoberta, embora ainda em fase pré-clínica, simboliza o poder transformador da bioeconomia amazônica. O que está em jogo não é apenas um novo princípio ativo com potencial farmacêutico, mas a construção de um modelo de desenvolvimento que alia conhecimento científico, inovação tecnológica e sustentabilidade ambiental.

PIM atrai novos investimentos em mobilidade e sustentabilidade

O Polo Industrial de Manaus (PIM) receberá dois importantes reforços com os investimentos da Ciclo Cairu e da Termotécnica da Amazônia, que anunciam expansão e modernização de suas operações na região. A Ciclo Cairu, com quase quatro décadas de atuação no setor de mobilidade, é uma das maiores fabricantes de bicicletas do país e inicia a implantação de sua primeira fábrica no Amazonas, com previsão de funcionamento até 2026. A chegada da empresa ao PIM representa um avanço estratégico, ao descentralizar a produção e reduzir custos logísticos, além de impulsionar a geração de empregos e fomentar a cadeia local de suprimentos.

Já a Termotécnica da Amazônia, com presença consolidada no polo há 45 anos, investe na ampliação da produção de embalagens em EPS (isopor), com foco em sustentabilidade e inovação. A empresa fornece soluções para setores como eletroeletrônicos, medicamentos e pescado, e agora aposta em tecnologias voltadas à economia circular, com embalagens mais leves, eficientes e recicláveis.

Logística na Amazônia avança com novo centro da Shopee e voo direto da Azul

A Shopee está ampliando sua presença no Brasil com foco na região Norte, onde inaugurou seu quarto hub logístico – desta vez em Porto Velho (RO). A iniciativa visa reduzir prazos de entrega, facilitar o acesso ao e-commerce e integrar pequenos empreendedores locais ao mercado digital nacional. Com uma estrutura que já conta com centros em Manaus, Belém e Palmas, a empresa reforça sua estratégia de interiorização e descentralização logística.

A integração logística da região ganha ainda mais fôlego com o anúncio do novo voo direto da Azul entre São Paulo (Viracopos) e Manaus, ampliando a conectividade aérea e fortalecendo o escoamento de cargas e encomendas para a capital amazonense e municípios vizinhos.

RÁPIDAS & BOAS

A 13ª edição do ‘Prêmio ESG Amazônia’, promovido pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil Seção Pará (ADVB-PA), entra em etapas decisivas da sua programação. As inscrições seguem abertas até segunda-feira (30/6) às empresas que atuam no Pará e desenvolvem ações alinhadas aos princípios ambientais, sociais e de governança (ESG). Para outras informações e inscrições, segue o link (https://tinyurl.com/36dnz83m).

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A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Roraima (Faperr) prorrogou até segunda-feira (30/6) as inscrições para a 8ª edição do Programa Pesquisa para o SUS (PPSUS), uma oportunidade para pesquisadores contribuírem com soluções inovadoras para os desafios da saúde pública em Roraima. Segue link para inscrição (https://tinyurl.com/cw82zkab).

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Estão abertas até segunda-feira (30/6) as inscrições para o edital promovido pela Facility de Investimentos Sustentáveis S/A (FAIS S/A), em parceria com o Instituto Amazônia+21, o Programa Travessias e o Sebrae. A iniciativa tem como objetivo formar um portfólio de empresas da chamada ‘economia verde’, com foco em inovação, impacto socioambiental e atuação estratégica na Amazônia Legal. Acesse o link para outras informações (https://tinyurl.com/33tfam9h).

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