Este ano o ibama autorizou a pesca de 800 peixes dentro da terra indígena do vale do Javari, no Amazonas, e nas comunidades ribeirinhas que ficam localizadas no entorno da reserva em Atalaia do Norte. A estimativa para este ano é uma renda de mais de 700 mil reais para 200 famílias indígenas e ribeirinhas.
Este é o segundo ano consecutivo que o manejo do pirarucu é realizado na terra indígena vale do Javari e comunidades ribeirinhas, e a primeira vez que os indígenas da etnia mayoruna participam da pesca.
Dos lagos, os peixes são trazidos refrigerados inteiros e eviscerados para serem comercializados na feira de Atalaia do Norte. Cada peixe é tratado na hora e vendido fresquinho ao consumidor.
O preço do pirarucu de área de manejo tem atraído compradores de outros municípios. Dona Nicely dos Santos veio de Benjamin Constant para comprar o filé do pirarucu.
O quilo do filé custa R$ 18, da ventrecha, doze reais; cabeça e ossada valem R$ 5cada, e o quilo do pirarucu inteiro sai por R$15. A estimativa é que a renda total da pesca do pirarucu na terra indígena e comunidades ribeirinhas supere os setecentos mil reais, segundo Cleide Ana Brotas Paiva, secretária de Assistência Social.
Todos os peixes vendidos na feira, que precisam ser levados para outro município ou estado, recebem a declaração do consumidor, que autoriza o transporte para qualquer parte do Brasil.
Do pirarucu, tudo se aproveita, até mesmo as escamas, que são usadas para fazer artesanatos, conforme explica Júlio Juscelino, artista plástico.
Apaixonado pela gastronomia amazônica, André Yago Silva e Silva conquistou este ano o primeiro lugar no concurso de pratos típicos feitos com pirarucu no festival de culinária em Atalaia do Norte. Na cozinha de sua casa, ele nos mostrou o preparo do pirarucu ao molho de camarão.
Fonte: G1.