Povo Paiter Suruí quer financiar a proteção de 13 mil hectares e arrecadou mais de R$ 45mil
O povo indígena Paiter Suruí, de Rondônia, leilou obras de arte no formato NFT, através do site Mercado Bitcoin. A ideia do projeto é financiar a proteção de 13 mil hectares da floresta amazônica, na região de Sete de Setembro, além de investir em projetos de conservação e sustentabilidade. O povo Paiter Suruí busca adquirir drones, GPS e computadores para geoprocessamento com a intenção de vigiar a floresta amazônica.
O leilão encerrou na última terça-feira (15) e arrecadou mais de R$ 45.000 com a venda de 12 NFTs, das obras do povo Paiter Suruí. A ideia partiu do cacique Almir Suruí, que convocou artistas da comunidade e parceiros para disponibilizarem algumas de suas obras para o leilão. O objetivo do leilão não é o lucro, mas sim financiar formas de proteger o território da Amazônia.
Os NFTs são o novo assunto do momento. Enquanto algumas pessoas criticam a utilidade de vender arte digital através dos tokens não fungíveis, muitas pessoas estão aproveitando para lucrar com o NFT. Se por acaso você já ouviu falar sobre os NFTs, mas não entende exatamente como eles funcionam, acesse nosso artigo sobre o assunto para entender com mais detalhes como funciona a nova onda que vem tomando a internet.
Leilão social
Cerca de 95,5% do valor de cada obra será convertida diretamente para o povo Paiter Suruí para a aquisição do material necessário para realizar a fiscalização do território de 13 mil hectares. “A ideia é adquirir tecnologias, como drones, GPS, computadores para geoprocessamento, e também identificar alguns projetos para receber financiamento e fortalecimento. Temos projetos de café, banana, cacau, castanha. Até de reflorestamento e de recuperação das nascentes”, explicou Almi Suruí ao G1 antes do leilão encerrar.
Os lances de algumas das obras ultrapassaram o valor de R$ 7mil e a ideia foi considerada um grande sucesso. Será interessante acompanhar se os NFTs serão utilizados para financiar outros projetos como este, com apelo social e visando a proteção do patrimônio nacional.
Fonte: Mundo Conectado
