O Governo Federal lançará o projeto de logística Manta-Manaus até o ano de 2026, com o objetivo de reduzir em até 25 dias o trajeto de exportação de produtos do Amazonas para o exterior. A informação foi divulgada pela ministra de Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, em visita ao município de Tabatinga, na terça-feira (9).
Segundo Simone Tebet, a principal dificuldade do Manta-Manaus é a dragagem do Rio Solimões que, conforme a ministra, é um assunto “factível e possível”.
“Vocês ganham em tempo, em quilometragem. Nós estamos falando em diminuir essa distância aqui até Shanghai, na China, em 10 mil quilômetros a menos. O que significa que os produtos do Amazonas se tornam mais competitivos, ou seja, vão vender mais, o Brasil vai vender e poder comercializar mais”, destacou a ministra.
No dia 3 de abril, em Brasília, o governador Wilson Lima pediu ações prévias do Governo Federal que minimizem os impactos da estiagem no estado.
Conforme o governo federal, será feita, ainda em abril, um processo licitatório para contratação de dragas que deverão ser usadas a partir do meio do ano para remover bancos de areia dos rios, a fim de facilitar a navegação.
A desobstrução dos trechos dos rios no Amazonas tem a finalidade de facilitar a passagem de barcos que levam produtos para Manaus, além de possibilitar o tráfego da população dos municípios próximos para a capital.
Wilson Lima também enfatizou a importância da implementação da nova rota para o escoamento da produção da Zona Franca de Manaus tanto na entrada de insumos quanto na exportação. Atualmente, o trajeto é feito pelo Canal do Panamá e dura, em média, de 41 a 60 dias.
“Essa rota é fundamental, porque vai criar mais uma alternativa muito mais interessante do que a gente tem hoje. Um navio que sai com insumos da China para Manaus dura, em média, 45 ou 50 dias. Com essa rota, a gente pode economizar 15 ou 20 dias. Imagina o ganho de logística para que esse produto chegue em Manaus”, explicou o governador.
Com o Manta-Manaus, será possível conectar o Polo Industrial de Manaus com o porto de Manta, localizado no oceano Pacífico, no Equador. Durante o percurso, os produtos passarão por Tabatinga, no interior do Amazonas.
Após isso, a navegação continua por balsas pelo rio Napo, em território peruano, até as cidades equatorianas de Puerto Providencia e Francisco de Orellana.
A rota hidroviária está incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) como prioritária.
Fonte: G1.