Exemplo que vem da Amazônia

(Foto: Divulgação)
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Nascido em Belém, filho de um açougueiro português e de uma dona de casa paraense, o engenheiro civil Antônio Couceiro tinha 39 anos quando fundou uma construtora com foco em pequenas obras. O ano era 1979 e sua maior preocupação naquele momento era dar uma vida confortável à família. Passados 44 anos, a Quadra Engenharia ocupa o posto de maior construtora da Região Norte, com faturamento anual de R$ 200 milhões, mais de 1,2 mil funcionários e 4.530 unidades já entregues.

Recentemente, recebeu o selo Great Place to Work (GPTW), tornando-se a única construtora da Amazônia atualmente detentora do certificado. “Fico muito feliz vendo o atual momento da Quadra, após 44 anos de muita luta”, disse Couceiro. Aos 83 anos, ele passou o comando da companhia aos filhos, Tony e Leopoldo, mas ainda vai todos os dias à sede da empresa.

O GPTW não veio por acaso. Alcançando 91 pontos do máximo de 100 possíveis na certificação, a Quadra tem como foco o público de alta renda. Para tanto, a busca por qualidade em suas obras é constante.

Entre os nomes de peso já contratados pela empresa para assinar alguns de seus projetos estão o do arquiteto João Armentano e do paisagista Benedito Abbud, dois ícones do setor no Brasil.

Novas tecnologias de construção também estão na pauta da companhia. Um dos empreendimentos em andamento é o exemplo perfeito. Previsto para ser concluído ainda este ano, o Il Palagio é o único edifício residencial do Pará a utilizar vidro curvo na sacada e a aplicar a fachada ventilada.

“Além de reduzir a possibilidade de fungos, comum em lugares quentes e úmidos, essa tecnologia deixa a temperatura no interior mais agradável, já que permite a circulação de ar entre a fachada e a parede do apartamento”, disse o engenheiro e sócio-diretor Tony Couceiro, 52.

Com belíssima vista para a Baía do Guajará, o Il Palagio tem piscina semiolímpica, quadra de tênis, academia, spa, pub, salão de festas para 150 pessoas e o maior e mais caro apartamento do Norte do País. A cobertura do edifício tem 1.170 m2 e custa R$ 18 milhões. Com 621 m2, as outras 28 unidades do prédio custam R$ 9 milhões.

“O melhor é que já estão todos vendidos”, disse Leopoldo Couceiro, 47, sócio-diretor de Novos Projetos, com formação em design de interiores. Ainda este ano, a companhia lançará mais um edifício que será outro marco na região.

Ao custo médio de R$ 2,3 milhões por unidade, o Iconiq será o edifício mais alto de toda a Amazônia. Com apartamentos de 193 m2, terá 41 andares e 134 metros de altura.

Assim como fez o patriarca da família Couceiro, Tony e Leopoldo também colocaram os filhos para trabalharem na companhia. Aos 26 anos, e formado em Direito, Felipe Couceiro é filho de Leopoldo e está fazendo uma pós em Marketing, Vendas e Gestão de Valor. Já Arthur, filho de Tony, tem 25 anos, formou-se em Engenharia Civil, estudou Business Administration no Greystone College, em Vancouver, no Canadá, e atualmente faz uma pós em Gestão de Negócios na Fundação Dom Cabral (FDC).

Felipe e Arthur atuam como diretores de Operações. “Nossa função é entender o que está acontecendo em todas as áreas da empresa e dar o suporte que nossos pais precisam para administrar a companhia com eficiência”, afirmou Arthur. “Para nós, é um aprendizado enorme”, disse Felipe.

De estagiário a diretor

Apresentar bons resultados financeiros é fundamental para a Quadra. Mas não é só com isso que se preocupa a gestão da construtora. É imprescindível que seus funcionários se sintam bem no ambiente de trabalho.

E a trajetória do engenheiro civil Eder Cativo ilustra com perfeição como a empresa trata seus colaboradores. Hoje aos 43 anos, ele entrou na companhia em 1998, como estagiário. De lá para cá, passou a coordenador de obras, diretor técnico, e chegou ao cargo de diretor de Engenharia, posição em que lidera cerca de 1 mil colaboradores.

Para lidar com os desafios da função, fez MBA em Gerenciamento de Obras e pós-graduação em Gestão de Negócios, cursos pagos pela empresa.

“Eu me sinto valorizado e estimulado a continuar evoluindo e contribuindo com a firma”, disse Cativo, que replica o modelo com sua equipe. “Tenho engenheiros que, assim como eu, começaram como estagiários.”

Do alto dos seus 83 anos, Antônio Couceiro olha com orgulho para o que se tornou a companhia que fundou há 44 anos. “É muito gratificante ver a Quadra totalmente consolidada na construção civil nacional, sobretudo na Região Norte, e sendo reconhecida com o GPTW”, diz.

Engenharia do bem

Sócio-diretor de Novos Projetos da Quadra, Leopoldo Couceiro ainda lembra quando, em 2002, viu operários receberem contra-cheques e “assinarem” o recibo com a própria digital.

“Ver que tínhamos funcionários que não sabiam assinar o próprio nome me deixava muito triste”, diz. Assim, surgiu a ideia de montar o Projeto Educar, que oferece aulas gratuitas aos colaboradores.

Hoje, 21 anos depois, o programa já alfabetizou cerca de 1,2 mil pessoas. No projeto, os funcionários também têm acesso a oficinas de pintura, literatura e artesanato.

Além disso, a Quadra colabora com a ONG Pará Solidário, que ajuda comunidades carentes do Estado. A empresa doa cimento, tijolos e telhas para a construção de casas para famílias de baixa renda.

E em 2024, outro programa social será colocado em prática. A companhia irá construir 50 residências, de 52m2 cada, que serão doadas aos funcionários mais antigos e que não possuem casa própria.

“Isso será feito num terreno nosso, de 4.500 m2. É uma forma de agradecer a lealdade dos nossos colaboradores”, diz Tony Couceiro, sócio-diretor de Engenharia.

*Com informações do site Istoé Dinheiro

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