Empreendedorismo agrícola no Amazonas revela novo ciclo de inovação no campo

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O empreendedorismo agrícola no Amazonas ganha contornos ousados com a trajetória da Toca da Pitaya, empresa fundada por  Cléber Medeiros. O negócio, que começou de forma quase experimental em 2014, hoje desponta como referência regional na produção de pitaya, com ambições que ultrapassam fronteiras.

“Eu decidi plantar pitaya no ano de 2014. Como não havia mudas disponíveis, comprei duas frutas no supermercado, extraí as sementes e delas nasceram as primeiras 50 mudas na nossa chácara”, recorda Medeiros. O projeto que parecia apenas uma aposta rapidamente escalou: hoje, a propriedade, com cerca de 80 hectares, já abriga mais de 120 mil pés de pitaya, com produção estimada em 300 toneladas por ano. Somados aos produtores parceiros, a produção manauara já atinge cerca de 200/300 toneladas, conforme o clima,  diz o empresário.

A logística, no entanto, é um desafio constante. Embora a empresa já forneça para todos os grandes supermercados de Manaus, lanchonetes, quitandas e até para a merenda escolar municipal, a distribuição para outros estados esbarra nos custos de transporte e na dificuldade de escoamento. “Nós estávamos prontos para mandar amostras para a Flórida, mas com o tarifaço, o cliente pediu para aguardarmos até a situação se normalizar”, explica o empresário.

A empresa também aposta em inovação. Para 2026, a grande novidade será a  pitaya congelada em cubos, pronta para ser disponibilizada em supermercados durante todo o ano. “A fruta não amadurece depois de colhida, precisa ser tirada no ponto certo. Com a versão congelada, conseguimos oferecer ao consumidor a pitaya em sua forma mais doce e autêntica, em qualquer época do ano”, destaca Medeiros.

Além da fruta fresca e congelada, a Toca da Pitaya tem se envolvido em estudos sobre o uso integral da planta. Pesquisas em parceria com instituições locais apontam que o galho da pitaya pode ser aproveitado como ração animal, de forma semelhante à palma usada no Nordeste durante períodos de seca. “Nas últimas secas históricas em Manaus, dezenas de produtores buscaram o galho da nossa planta para alimentar gado, carneiros e bodes”, relata. Mais do que isso, estudos acadêmicos também têm mostrado que a pitaya é uma planta inteiramente comestível: fruta, casca, flor e caule.

Com esse modelo agroindustrial, Cléber vê Manaus como polo global da fruta. “Nós acreditamos que a pitaya pode ser vetor de transformação. É uma fruta que pode gerar emprego, renda e até combater a fome em muitos lugares se for levada a sério”, afirma.

A empresa exemplifica como negócios agrícolas da Amazônia, mesmo nascidos de forma artesanal, podem ganhar escala e protagonismo, unindo inovação, sustentabilidade e visão empreendedora. Um negócio que, ao mesmo tempo em que abastece as gôndolas dos supermercados, projeta Manaus para o mundo como futura capital da pitaya, por que não?

INDT lidera projeto que leva conectividade e serviços essenciais às comunidades do Amazonas

O projeto ‘Amazônia Verde’, apresentado durante a COP-30, reúne o Instituto de Desenvolvimento Tecnológico (INDT), Nokia, CPQD, Hispasat e Ozônio, com apoio da União Europeia e do Ministério das Relações Exteriores da Finlândia, para levar conectividade 4G, inclusão digital, energia renovável e serviços essenciais a comunidades ribeirinhas da Amazônia. A iniciativa propõe soluções específicas para desafios locais, como infraestrutura simplificada para regiões isoladas, uso de energia solar, rádios resistentes à alta umidade, tarifas sociais, identidades digitais via número de celular e treinamento de moradores para manutenção dos sistemas. O projeto também prevê ações de educação, mercado digital, prevenção de incêndios florestais com tecnologia NEMO, e ampliação de serviços de telemedicina. Com isso, busca transformar conectividade, sustentabilidade, economia local e saúde, criando condições duradouras para o desenvolvimento dessas comunidades. O projeto inicia em seis comunidades do Amazonas, e, conforme cumprimento de metas e objetivos, poderá ser expandido para toda a Amazônia Legal!

Riachuelo aposta em moda de território e conecta Caatinga e Amazônia

A Riachuelo iniciou um movimento estratégico para aproximar seus projetos de moda e sustentabilidade dos biomas Caatinga e Amazônia, explorando a conexão cultural e ambiental entre essas regiões. A marca quer fortalecer narrativas que valorizem identidade brasileira, ancestralidade e preservação, ao mesmo tempo em que amplia seu posicionamento em agendas climáticas e sociais. A iniciativa se apoia em colaborações com comunidades artesãs, coletivos criativos e instituições ligadas à pauta socioambiental, usando a moda como ferramenta de visibilidade e impacto.

Além do olhar social, a empresa aposta em experiências que integrem storytelling, inovação e responsabilidade ambiental, desde o uso de fibras regionais à valorização de técnicas tradicionais, dialogando com redes criativas que já atuam no Norte e Nordeste. Ao unir propósito e estratégia, a Riachuelo busca não só reforçar sua presença nessas agendas, mas também disputar relevância num mercado que exige, cada vez mais, compromissos reais com diversidade, território e sustentabilidade.

Pesquisa do Sidia redefine saúde digital e ganha escala mundial nos relógios Samsung

A tecnologia produzida no Amazonas volta a ganhar destaque global. Desenvolvida inteiramente em Manaus, no Sidia Instituto de Ciência e Tecnologia, uma ferramenta capaz de estimar a perda de suor durante atividades físicas e orientar a hidratação do usuário já está embarcada nos relógios inteligentes da Samsung utilizados no mundo inteiro. A solução, criada pelo Health Data Lab do Sidia e coordenada por Ramon Ludman, nasceu de pesquisas aplicadas que combinam ciência, engenharia e conhecimento esportivo, e hoje integra modelos matemáticos capazes de interpretar movimento, intensidade de esforço e respostas corporais para calcular a reposição hídrica ideal ao final do exercício.

O funcionamento é simples para quem usa, mas sofisticado nos bastidores: ao iniciar uma caminhada, corrida ou trilha, o relógio reúne dados corporais e de desempenho; ao encerrar a atividade, traduz tudo isso em uma recomendação personalizada de hidratação. O recurso já está presente desde o Galaxy Watch 5 e é fruto de um trabalho que envolveu desenvolvedores, pesquisadores e educadores físicos, em um processo que demonstra maturidade técnica e visão interdisciplinar. Incrível, imaginar que um pouquinho do Amazonas está numa tecnologia tão bacana assim…

RÁPIDAS & BOAS

O CESAR, em parceria com a LG Electronics, realizará na quinta-feira (27/11), a partir das 17h30, o evento exclusivo ‘Quando Inteligência Artificial e Pessoas Redefinem o Que é Eficiência: Como o Polo Industrial de Manaus está exportando inovação para o mundo’. O encontro acontecerá no auditório principal do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), localizado na Av. Gov. Danilo de Matos Areosa, nº 160 – Distrito Industrial I. As inscrições estão disponíveis pelo link (https://tinyurl.com/y962a92k)

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A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) firmaram uma parceria para a oferta do Doutorado Interinstitucional (Dinter) em Engenharia de Produção. As inscrições podem ser feitas até domingo (23/11) e outras informações pelo link (https://tinyurl.com/4t234vhe).

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O Banco da Amazônia está com dois editais de patrocínio para 2026 abertos até sexta-feira (28/11). Os editais têm o objetivo de fomentar cultura, cidadania, empreendedorismo e desenvolvimento sustentável na região. Outras informações e inscrições estão disponíveis pelo link (https://tinyurl.com/mpzbbbm9).