Economia da floresta: Estudo aponta fragilidade no fomento de negócios socioambientais na Amazônia

(Foto: Reprodução)
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Diante do mapeamento dos empreendimentos locais na Amazônia, Graziella Maria Comini, professora da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da USP verificou que há fragilidade dos negócios locais e uma necessidade maior de investimentos na região para uma maior expansão geográfica.

O estudo foi publicado na revista GV-executivo, da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV EAESP) e apresenta os primeiros resultados de um mapeamento realizado na região amazônica contribuindo para identificar ações necessárias para a consolidação de negócios socioambientais na Região Norte.

O objetivo da pesquisa foi mapear os empreendimentos localizados na região amazônica e perceber o que tem sido feito na região para fomentar iniciativas de bioeconomia. Dessa forma, o recurso encontrado foi trabalhar o empreendedorismo socioambiental como modelo de negócio ideal que dê conta dessas questões.

Observaram-se concentração de empreendimentos nos estados do Pará e do Amazonas, poucos negócios na fase de tração e escala e prevalência de negócios socioambientais com lógica social, com mecanismos institucionais de participação coletiva.

De acordo com Graziella, a única base de dados pública sobre negócios sociais no Brasil foi desenvolvida pela Pipe.Social, uma plataforma que mapeia e conecta negócios de impacto. O último levantamento indicou a existência de 1.300 negócios sociais no Brasil, sendo apenas 3%  na Região Norte (39), no entanto o levantamento não apresenta em profundidade o retrato dos empreendimentos expressivos e necessários na Amazônia.

Retrato dos empreendimentos

Conforme mostra a imagem, os negócios socioambientais aparecem em maior quantidade nos estados com melhor produto interno bruto (PIB), Pará (33%) e Amazonas (24%). É também nesses dois estados que se observaram empreendimentos mais maduros, em fases de desenvolvimento do negócio e em escala. Nos demais estados (Maranhão, Acre, Mato Grosso, Rondônia, Amapá, Roraima e Tocantins), os negócios estão predominantemente em estágio inicial de desenvolvimento, nas fases de ideação e prototipação.

Considerando o quadro analítico referencial do estudo, todos os negócios socioambientais mapeados na  pesquisa  podem  ser  entendidos  como  híbridos  nos  seus  modelos organizacionais, no entanto isso significa que o resultado não é homogêneo. Há uma predominância de uma lógica baseada no conceito de empreendedorismo social, porém carece de recursos e investimentos no setor.

Cenário futuros

De acordo com Graziela, o que foi verificado ao longo do estudo é a precariedade do ecossistema de negócios socioambientais na Amazônia e a existência de vazios institucionais na maior parte dos estados, pois apenas no Pará e no Amazonas existem empreendimentos  em  estágio  de  tração e escala.

“Os negócios socioambientais têm papel importante na superação dos problemas sociais,  econômicos,  tecnológicos e ambientais na região amazônica, no entanto, para se transformarem em agentes indutores do desenvolvimento sustentável, é necessário que se fortaleçam, respeitando os diferentes formatos jurídicos existentes, empresas, associações ou cooperativas”, disse a pesquisadora.

Nesse caso é fundamental e necessário que o fortalecimento de negócios territoriais estejam presentes nesse processo, ou seja sair da teoria e aplicar na prática. A pesquisadora aponta que o caminho é árduo, diante do cenário pois há risco de esses empreendimentos não atingirem a fase de escala se não obtiverem suporte de organizações públicas e privadas que ofereçam patrocínio. Por isso é fundamental aumentar o número de aceleradoras que  estimulem a criação de empreendimentos socioambientais.

Para ler o artigo completo, acesse o site.

*Com informações do site FGV

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