Pesquisadores da Universidade de São Paulo estão usando drones, inteligência artificial e modelagem 3D para monitorar áreas de reflorestamento na Amazônia e na Mata Atlântica.
Uma área de Mata Atlântica está sendo reflorestada em Atibaia, interior de São Paulo, e o crescimento das mudas é monitorado de perto por uma ONG.
“A gente está acompanhando as espécies que vão se desenvolvendo aqui. A gente vai dar um espacinho de luz, a gente traz a matéria orgânica para evitar o solo exposto. Então, a gente faz três vezes por semana esse acompanhamento”, explica a engenheira ambiental Valentina Fragata.
De cima, o drone consegue mapear em minutos o que os ambientalistas levariam semanas para medir. A coleta das imagens faz parte uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) com apoio da Universidade Federal de Goiás, da Embrapa e ONGs de defesa do meio ambiente.
Além de permitir uma visão ampla da área de reflorestamento, captando imagens detalhadas do alto, esse é um sobrevoo inteligente. Com a ajuda do drone é possível chegar a um diagnóstico mais rápido e mais preciso da recuperação da floresta. Dá para dizer, por exemplo, se a mata está crescendo de forma adequada.
As imagens vão para o laboratório do Instituto de Energia e Ambiente da USP. As fotos sobrepostas formam um mapa 3D da área. Os pesquisadores usam a inteligência artificial para obter várias informações, como a altura das árvores, a distância entre elas e quais pontos estão em risco.
O pesquisador também já conseguiu desenvolver um programa que identifica duas espécies de árvores da Amazônia: a Lacre e a Embaúba. Elas indicam como anda a saúde da floresta. Quando o drone encontra mais embaúbas é sinal de que o reflorestamento vai bem. É a mesma técnica do reconhecimento facial, só que com a árvore.
O diretor da Fundação SOS Mata Atlântica, Luís Fernando Guedes Pinto, diz que os drones podem ajudar na recuperação dos biomas brasileiros: