Nos últimos anos, a inteligência artificial (IA) tem se tornado cada vez mais presente nas empresas, transformando a maneira como elas operam e se relacionam com seus clientes. A rápida evolução e adoção da IA levantam questões sobre a adequação das empresas a essa tecnologia revolucionária.
O RealTime1 conversou com Leandro Escobar, especialista em sistemas cognitivos do Instituto de Desenvolvimento Tecnológico (INDT), sobre como a IA está mudando o cenário do setor industrial atual.
“Eu fico muito feliz em fazer parte do momento atual. Quando eu comecei, há mais de 20 anos, falava-se pouco. Hoje, falar de IA faz parte do dia a dia e as empresas estão abertas”.
Para Leandro, por conta da competitividade entre as empresas, elas acabam se flexibilizando para se adaptar ao novo cenário e não perder o fluxo. Os gestores estão informados e sabem que precisam desses recursos.
“Em Manaus, as empresas mostram que tem pressa mas sabem que não podem queimar etapas. Isso é muito inteligente. Elas buscam mais informações, fazem treinamentos, organizam o conhecimento”, disse.
Benefícios
Velocidade: Por exemplo, é possível criar um robô capaz de processar notas fiscais de acordo com o processo da empresa. Ele loga no sistema, lê e-mails, lê documentos, copia dados, digita dados nas telas do sistema de gestão. Tudo isso mais rápido.
Precisão: Por exemplo, é possível monitorar as imagens das linhas de produção e indicar quais pessoas não estão realizando movimentos ergonômicos.
Então, a IA pode enviar para a equipe de segurança e saúde de trabalho, alertando sobre os pontos que requerem atenção. Vai direto ao ponto.
Se houver atendimento na empresa, a IA pode ser implantada em assistentes de conversa (os antigos chatbots) e acelerar o atendimento, inclusive, mantendo uma conversa humanizada.
Funcionários habilitados
A busca por funcionários especializados aumenta conforme as empresas evoluem e adotam as novas tecnologias.
As competências mais buscadas são capacidade de análise para compreender os detalhes do problema e de síntese para juntar várias alternativas num desenho inovador e adequado para a empresa.
Conhecimento técnico específico em modelos de IA, IA descritiva, IA preditiva, Sistemas Especialistas e Redes Neurais são os mais frequentes. Programação e matemática avançados também fazem parte do nosso leque de competências.
“Existe um mito de que as pessoas serão substituídas, mas não concordo. As tarefas das pessoas estão mudando com a IA. Nós estamos passando a fazer coisas diferentes e a IA nos apoia nessa rotina”, destacou Leandro Escobar.
Desafios
Todo projeto de IA precisa ser validado, trabalha-se com um experimento inicial, para comprovar a eficácia e, depois, parte para a implementação definitiva, isso requer um processo de desenvolvimento específico.
Conforme Escobar, uma limitação bastante comum é que as empresas tendem a não ter todos os dados que a IA requer, justamente porque é tudo muito novo. Daí, precisa dar tempo para os sistemas operativos sejam adaptados para coletar esses dados.
*Com informações do site RealTime1
