Cientistas identificam nova árvore nativa da Amazônia

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on pinterest
Pinterest

Resultado está publicado na revista Acta Botânica Brasílica

Floresta Amazônica | Corbis via Getty Images

Em 1973, um dos pais da etnobotânica e estudioso da Amazônia, o norte-americano Richard Evans Schultes (1915-2001), coletou um exemplar de uma arvoreta, deu-lhe o nome de uma espécie que supunha tratar-se na época, e depositou a planta no herbário do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

Quase meio século depois, um estudo permitiu ao ecólogo Layon Oreste Demarchi e aos biólogos Maria Teresa Piedade (Inpa) e Lucas Marinho (Universidade Federal do Maranhão), identificarem aquela árvore como uma nova espécie nativa da floresta.

A descoberta se confirmou após coletas de flores e frutos, de julho de 2017 a março de 2020, e comparações com outras amostras depositadas em vários herbários do Brasil e do exterior.

Com o resultado, eles corrigiram a classificação anterior, feita por outros cientistas, e a nova espécie ganhou o nome de Tovomita cornuta. O resultado está publicado na revista Acta Botanica Brasílica.

Pesquisadora da biodiversidade da Amazônia há mais de 40 anos, Maria Teresa Piedade alerta para a importância da descoberta em meio aos impactos humanos na região. “Somos gestores da maior biodiversidade do planeta, mas ainda estamos longe de conhecê-la em sua totalidade. A perda de hábitats por ações humanas como incêndios, garimpo e outros vetores, se opõe aos trabalhos de busca e uso da floresta em pé”, destaca.

Campinaranas

A espécie foi vista em Manaus e nas cidades vizinhas de Presidente Figueiredo e São Sebastião do Uatumã. “Encontramos poucas coletas, o que nos leva a pensar que a espécie é naturalmente rara”, diz Demarchi.

Ele liderou a pesquisa no doutorado sobre as campinaranas (florestas de areias brancas).

Essas áreas, descreve, são ecossistemas com solos arenosos e pobres em nutrientes, com presença contínua na bacia do Rio Negro e no sul de Roraima.

No resto da Amazônia, aparecem fragmentadas, como ilhas de vegetação fragmentada. É o local exclusivo de ocorrência da árvore, que cresce entre 3 e 8 metros de altura, em vegetação densa.

Ela não sobrevive em áreas abertas com luz solar direta.

Fonte: CNN BRASIL

EnglishPortuguese
Open chat
Precisa de ajuda?