Assassinato de família no Pará escancara riscos a ambientalistas no Brasil

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Pai, mãe e filha estavam à frente de ações de proteção de tartarugas ameaçadas do bioma. País é o quarto mais letal no mundo para defensores da natureza.

Foto: Reprodução

Uma família de ambientalistas foi encontrada morta em São Félix do Xingu, no Pará, segundo município que mais desmata a floresta amazônica, depois de Altamira. Todos os três membros – pai, mãe e filha – atuavam como ambientalistas na região, à frente de ações de proteção de tartarugas ameaçadas do bioma. chegou a receber ameaças de morte depois de postar um vídeo pedindo mais conectividade à internet, para que crianças pudessem estudar online.

O pai, conhecido como “Zé do Lago”, a esposa Márcia e a filha adolescente Joene foram executados a tiros por pistoleiros de paradeiro desconhecido. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, e a Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumir da Assembleia Legislativa do pará (Alepa) também solicitou a apuração. Os corpos foram encontrados no domingo (9), pelo filho do casal.

O triplo assassinato no Pará escancara os riscos aos quais ambientalistas estão submetidos no Brasil, quarto país mais letal para defensores da natureza. Segundo o levantamento mais recente da ONG Global Witness, ao menos 20 casos foram registrados no país em 2020. Em todo o mundo, 227 pessoas foram mortas enquanto protegiam florestas, águas e outros recursos naturais naquele ano, um recorde histórico.

No topo do ranking de países com mais mortes de ambientalistas aparece a Colômbia. Sessenta e cinco casos ocorreram no país andino, que tem 30% de seu território coberto pela floresta amazônica. No ano passado, em meio às restrições de mobilidade impostas pela Covid 19, um jovem ativista ambiental colombiano de 11 anos chegou a receber ameaças de morte depois de postar um vídeo pedindo mais conectividade à internet para que crianças pudessem estudar de forma online

Segundo a Global Witness, mais de 70% dos ataques registrados em 2020 foram contra ambientalistas que defendiam as florestas contra o desmatamento e desenvolvimento industrial. A exploração madeireira é o setor ligado à maioria dos assassinatos, seguida por disputas no acesso à água e resistência à construção de barragens e mineração.

Fonte: Redação Um Só Planeta

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