Árvore mais alta da Amazônia tem a altura equivalente a um prédio de 30 andares

Foto: Freepik/@ brgfx
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No Pará, um grupo de pesquisadores está tentando descobrir a idade de um gigante da floresta.

A árvore mais alta da Amazônia está na Floresta Estadual do Paru, no Pará. É um angelim-vermelho com quase 10 metros de circunferência e 88,5 metros de altura, o equivalente a um prédio de 30 andares. Ele é maior, por exemplo, do que o Cristo Redentor e a Torre de Pisa. Por pouco não alcança o Big Ben e a Estátua da Liberdade.

O angelim foi descoberto em 2019, durante um monitoramento do Inpe, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. O instituto usa um pequeno avião, que carrega um sensor que emite feixes de laser. A partir deles, os cientistas fazem modelos em três dimensões das árvores.

Em setembro de 2022, pesquisadores chegaram pela primeira vez até o angelim-vermelho, mas não conseguiram coletar informações suficientes para descobrir, por exemplo, a idade dele. Agora, foram cinco dias de navegação pelo Rio Jari, depois mais 20 km de caminhada pela floresta até o novo encontro com a imponente árvore.

Com uma broca, eles extraíram materiais genéticos do centro do angelim. É a partir da coleta das amostras que os pesquisadores têm acesso aos anéis de crescimento e, com a análise deles, é possível saber a idade e as variações que a árvore sofreu ao longo dos anos.

“Encontrar árvores na região do entorno para a gente fazer, não só o estudo das idades, mas a partir disso, a gente conseguir estudar o clima do passado, a ecologia da região, o ritmo de crescimento destas árvores. Então é muita informação importante, tanto para parte climática quanto ecológica da Bacia Amazônica”, explica Daniela Granato, pesquisadora da Alaba A&M University.

A inteligência artificial vai ajudar os pesquisadores a entenderem a biomassa da região. Toda a área tem sido ameaçada por invasões de garimpeiros.

“O nosso trabalho, além disso, é fazer o inventário ao redor dessas árvores gigantes que são encontradas e mapeadas, e tentar identificar padrões. Alguns dos resultados que nós obtivemos com esses dados coletados mostram que essa área é um hotspot da biodiversidade e o que a gente tem mostrado nos nossos estudos é que existem um conjunto de forças ecológicas atuando para conduzir esses padrões”, afirma Robson Lima Borges, pesquisador da Universidade do Estado do Amapá.

Os dados coletados servirão para a criação de mecanismos de proteção dos locais com árvores gigantes na Amazônia.

Fonte: G1.

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