Pesquisadores de universidades brasileiras e do Reino Unido descobriram que cerca de 40% de áreas usadas para pecuária e agricultura na Amazônia foram abandonadas. A pesquisa revelou ainda que, em poucos anos, a própria natureza foi capaz de se regenerar nessas áreas, formando as chamadas florestas secundárias.
Os cientistas utilizaram imagens de satélites das cidades de Santarém e de Paragominas, no estado do Pará, para examinar a degradação ambiental. Depois, eles foram ao local e visitaram 310 áreas particulares nos dois municípios. Eles então detectaram que entre 30% e 40% delas havia a presença de florestas secundárias. Dependendo do lugar, a natureza consegue se regenerar em pouco mais de um ano. As informações são do G1.
As árvores vão aparecendo em áreas abandonadas e começam a tomar conta do espaço árido, que muitas vezes não tem mais uso para a agricultura. Entretanto, a pesquisa aponta que essa mudança dura pouco.
De acordo com Ricardo Solar, professor do departamento de genética ecológica da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), essas florestas secundárias acabam sofrendo degradação novamente, seja pela pastagem ou pela derrubada das árvores pelos madeireiros.
Por isso, os especialistas defendem a ampliação do debate sobre preservação. Eles dizem que é preciso não só lutar pelo fim do desmatamento na Amazônia, como também perceber que as florestas secundárias são instrumento de conservação.
Os pesquisadores sustentam a ideia de que políticas públicas de proteção ambiental sejam criadas de forma a garantir que essas árvores cresçam e se desenvolvam.
Fonte: Yahoo Noticias