A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) colocou em leilão dois blocos de exploração de óleo e gás localizados na região do baixo Amazonas, entre os municípios de Itacoatiara e Parintins.
A oferta permanente de campos de exploração de óleo é gás, como o leilão é chamado na ANP, acontecerá no dia 13 de dezembro e os interessados têm até 8 de novembro para apresentar as garantias necessárias para disputar os blocos, inclusive os do Amazonas.
No total, a ANP leiloará 33 setores com blocos exploratórios de óleo e gás, localizados em nove bacias sedimentares. Em terra as ofertas serão nas bacias do Amazonas – campos de SAM-L e SAM-O -, Espírito Santo, Paraná, Potiguar, Recôncavo, Sergipe-Alagoas e Tucano.
No total, 87 empresas estão inscritas para participar da oferta permanente, mas só no dia 8 poderemos saber quais estão habilitadas para participar do leilão para exploração dos campos de óleo e gás no Amazonas.
Eneva x óleo e gás no Amazonas
O mercado especula que o principal interessado seja a Eneva Energia, que se auto-intitula a “única empresa privada de geração de energia do país com experiência em E&P (Exploração e Produção) e acesso a gás onshore (em terra)”.
Somente no Amazonas, a empresa opera o campo de Azulão, no município de Silves, mas já ganhou licitação para exploração do campo de Juruá, entre Tefé e Coari, na bacia do Solimões. Atualmente a empresa tem sete blocos exploratórios no Estado
O interesse pelos campos da bacia do Amazonas seria natural para o modelo de negócios que a Eneva adota, que é usar o gás para substituir o diesel na geração de usinas termoelétricas, como ocorre hoje com a Usina Jaguatirica II, em Boa Vista (RR), que usa gás extraído de Silves.
A Eneva também está construindo uma usina termoelétrica a gás em Silves, com previsão para entrada em operação em 2025, e cujo principal ativo será estar conectada ao Sistema Integrado Nacional (SIN) do setor elétrico por meio do linhão de Tucuruí.
*Com informações do site RealTime1