Amazônia: com índice em queda, Amazonas lidera em desmatamento

Foto: divulgação/SSP-AM
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O sistema de alerta de desmatamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) detectou em março um desmatamento na Amazônia Legal de 124 km², uma redução de 64% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o desmatamento somou 344 km².

O Amazonas lidera o ranking com 28% do total da área devastada, seguido de Mato Grosso 26%, Roraima 25%, Pará 9%, Rondônia 9%, Acre 2% e Maranhão 1%.

Com 16 km² de área derrubada, Novo Aripuanã é o que mais devastou nesse mês entre dez municípios com os piores índices, sendo Lábrea com 4 km² ocupando a última posição.

O assentamento Aruipuanã-Guariba (2 km²) no estado lidera o ranking dos que mais derrubaram a floresta.

“Considerando os números para o calendário do desmatamento, o acumulado da derrubada em toda a Amazônia Legal entre agosto de 2023 e março de 2024 foi de 1.948 km² e é o menor valor da série histórica desde o calendário de 2018.

Apesar disso, esse número ainda equivale a um território maior que a cidade de São Paulo”, diz nota do Imazon.

Ao comparar o período de agosto de 2023 a março de 2024 com agosto de 2022 a março de 2023, a destruição apresentou uma redução de 60%, indo de 4.912 km² para 1.948 km².

Setenta e cinco por cento do desmatamento ocorreu em áreas privadas sob diversos estágios. O restante (14%) em assentamentos e unidades de conservação (11%).

Por sua vez, as florestas degradadas em toda a Amazônia Legal somaram 2.121 km² em março de 2024, o que representa um aumento de 4.948% em relação a março de 2023, quando a degradação detectada foi de 42 km².

Terras indígenas

O desmatamento em terras indígenas na Amazônia teve uma redução de 42% entre agosto de 2023 a março de 2024, o menor número de devastação nesses territórios desde 2018, ou seja, há seis anos.

Em março deste ano foram derrubados 73 km² e, em 2018, 35 km² nos territórios indígenas.

Para o Imazon, os dados são importantes e reforçam a luta no Dia dos Povos Indígenas, 19 de abril.

Quando se olha para março de 2024, a queda foi de 89%, passando de 3,77 km² em março de 2023 para 0,42 km².

Para que essa tendência de baixa no desmatamento continue e para que esses povos possam se manter protegidos, é necessário que o governo avance com os processos de demarcação e de desintrusão das terras indígenas invadidas. Isso deve ser prioridade, já que esses territórios são escudos contra o avanço da destruição do bioma, afirmou Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon.

Roraima tem seis das sete terras indígenas mais devastada na região em março de 2024.

São elas Moskow, São Marcos, Yanomami [que tem área no Amazonas], WaiWái, Manoá/Pium e Santa Inês.

A terra indígena do Bacurizinho, no Maranhão, é a quinta do ranking.

Outra boa notícia é desintrusão na terra indígena Apyterewa, no Pará, que há pelo menos quatro anos consecutivos foi a terra indígena que teve a maior área de floresta derrubada na Amazônia.

Em 2023, a terra Apyterewa esteve entre as mais desmatadas por seis meses consecutivos. A redução do desmatamento nesta terra pode estar associada à operação de retirada dos não-indígenas que estavam em situação ilegal na área. Apyterewa está há quatro meses seguidos sem aparecer no nosso ranking das dez terras indígenas mais desmatadas, disse Larissa.

Fonte: BNC Amazonas.

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