A Amazônia Azul como potência estratégica para o Brasil e o Mundo

Foto: Rede Pará
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A Amazônia Azul é um dos maiores patrimônios naturais e econômicos do Brasil. Com uma extensão de 5,7 milhões de quilômetros quadrados, a área marinha que se estende a partir da costa brasileira é de vital importância não apenas para a biodiversidade, mas também para a economia do país. Ela compreende cerca de 67% do território brasileiro, sendo responsável por 95% do petróleo e 80% do gás natural extraídos, além de representar quase metade de toda a produção pesqueira do Brasil.

Esse vasto território, onde o Brasil exerce soberania, é fundamental para o crescimento econômico do país, com mais de 20 milhões de empregos diretos e indiretos relacionados ao mar. Para o Capitão de Mar e Guerra da Marinha do Brasil, a Amazônia Azul não é apenas uma área geográfica, mas um ativo estratégico que precisa ser protegido e gerido com responsabilidade.

“A Amazônia Azul é nossa maior riqueza oceânica e a nossa maior responsabilidade. Estamos falando de um espaço vital para o futuro do Brasil, não só pela quantidade de recursos que ele concentra, mas também pela sua importância geopolítica no cenário global,” afirmou o Capitão de Mar e Guerra, que se dedica à missão de garantir a segurança e o desenvolvimento sustentável dessa região.

A evolução do conceito da Amazônia Azul

O conceito da Amazônia Azul foi concebido pela Marinha do Brasil há 20 anos, com o objetivo de delimitar e proteger essa vasta área de interesse econômico e estratégico. No mês de celebração da Amazônia Azul, eventos e debates destacam a importância dessa região para o Brasil, como o ciclo de palestras promovido pela Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM), que tem como foco a conscientização da população civil sobre os desafios e as riquezas dessa zona marítima.

O Brasil, com sua histórica vocação marítima, ocupa um dos dez maiores territórios marítimos do mundo, e a Amazônia Azul é um símbolo dessa potência. Para o Brasil, a preservação e exploração sustentável de seus recursos são questões prioritárias.

“A nossa missão é garantir que, enquanto exploramos os recursos da Amazônia Azul, também estamos protegendo seu ecossistema e promovendo uma utilização responsável e sustentável. A segurança e a preservação da biodiversidade marinha são parte essencial da nossa atuação,” ressaltou o Capitão.

Desafios e oportunidades na Amazônia Azul

A Amazônia Azul enfrenta desafios constantes, como a necessidade de equilibrar a exploração econômica com a preservação ambiental. Para o Capitão de Mar e Guerra, as atividades ilegais como a pesca predatória e o tráfico de drogas são grandes ameaças à soberania brasileira e à sustentabilidade do ambiente marinho. Além disso, a exploração de recursos naturais como o petróleo e gás exige um monitoramento contínuo para evitar danos ecológicos irreversíveis.

No entanto, a Amazônia Azul também oferece enormes oportunidades. Além de ser responsável por boa parte da produção de petróleo e gás, a região marinha é essencial para o setor pesqueiro e para o comércio internacional, já que mais de 95% das riquezas produzidas no Brasil escoam pelas rotas marítimas.

“O futuro da Amazônia Azul depende de uma gestão estratégica, que envolva todos os setores da sociedade e do governo, sempre focada no uso sustentável dos recursos e na proteção da soberania nacional,” afirmou o Capitão.

Investimentos em prol da sustentabilidade 

Em linha com a importância crescente da Amazônia Azul, o Brasil tem investido na chamada Economia Azul, um conceito que envolve o uso sustentável dos recursos oceânicos para impulsionar o crescimento econômico. Um dos marcos recentes nesse esforço foi a criação do Cluster Tecnológico Naval da Bahia, em Salvador, um centro dedicado ao desenvolvimento da indústria naval e de energia renovável no Brasil.

Além disso, o governo brasileiro tem buscado uma liderança no Atlântico Sul, com iniciativas como a ampliação da Amazônia Azul e a presença brasileira na Antártica. Essas ações visam fortalecer a presença estratégica do Brasil no cenário internacional e garantir sua liderança em atividades como a exploração de petróleo, a preservação marinha e o comércio global.

“A criação do Cluster Tecnológico Naval da Bahia é um exemplo claro de como estamos preparando o Brasil para se tornar referência mundial na Economia Azul. Temos uma responsabilidade histórica de liderar o uso sustentável dos recursos do mar, e iniciativas como essa demonstram nosso compromisso com o futuro,” explicou o Capitão de Mar e Guerra.

???O papel protetor da Marinha

A Marinha do Brasil tem desempenhado um papel central na gestão e proteção da Amazônia Azul, tanto no monitoramento de atividades ilegais quanto na implementação de novas tecnologias para o controle da região. Além disso, a Marinha tem trabalhado de perto com outras instituições, como a Petrobras e a Organização Marítima Internacional (IMO), para coordenar ações que garantam a segurança e o desenvolvimento sustentável da área.

Um exemplo dessa cooperação foi a recente aprovação de uma proposta da Marinha para criar uma área de segurança na Bacia de Santos, com o objetivo de proteger a atividade offshore e evitar acidentes ambientais.

“A cooperação entre a Marinha e as empresas do setor privado é fundamental para garantir a segurança das operações e a preservação do meio ambiente. Estamos em um processo constante de aprendizado e adaptação para garantir que a Amazônia Azul continue sendo um ativo estratégico para o Brasil,” afirmou o Capitão.

O futuro da Amazônia Azul

A Amazônia Azul é um território vasto e promissor, com imensas riquezas, mas que também exige vigilância constante. O Brasil, por meio da Marinha e das diversas instituições envolvidas, tem a missão de proteger esse patrimônio natural e econômico, garantindo um futuro próspero e sustentável. A Amazônia Azul é, sem dúvida, um dos maiores desafios e, ao mesmo tempo, uma das maiores oportunidades para o país.

Como conclui o Capitão de Mar e Guerra, “a Amazônia Azul é mais do que um patrimônio natural. É uma parte fundamental da nossa soberania e do nosso futuro econômico. A proteção desse espaço é uma responsabilidade que assumimos com seriedade, sempre com foco na preservação e no desenvolvimento sustentável.”

Fonte: Rede Pará.

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