O Pará está entre os sete estados brasileiros com maior taxa de desocupação no Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice no estado é acima da média nacional.
O estado teve aumento do índice de trabalho informal: quase 60% dos trabalhadores não têm carteira assinada. Ou seja, estão distantes da garantia de direitos básicos. A maioria são mulheres e pessoas pretas e pardas.
Com o mercado em crise, a solução de muitos trabalhadores foi atuar na informalidade, como é o caso da autônoma Valdirene Martins, que comercializa doces na Feira do Ver-o-Peso, em Belém, usando estratégias nas vendas. “Eu saio para levar alegria, eu não digo que o meu doce é só um docinho, é alegria”.
A média de desocupação no Brasil é de 8,8%, sendo que o Pará está acima do índice. Os estados com piores cenários são:
- Pernambuco – 14,1%
- Rio Grande do Norte – 12,1%
- Distrito Federal – 12,0%
- Piauí – 11,1%
- Alagoas – 10,6%
- Maranhão – 9,9%
- Pará – 9,8%
- Ceará – 9,6%
O sociólogo e mestre em ciência polícia, Dalton Favacho, avalia os dados com preocupação. “Essa informalidade representa menos direitos trabalhistas e previdenciários”.
“A questão raça e cor também é um dos fatores que infelizmente influenciam nessa seletividade do mercado de trabalho. Então sabemos que essa população é a que mais sofre discriminação na sociedade e a que menos tem acesos a políticas de ensino, de qualificação profissional e geração de renda”.
Paralelo a isso, o Pará continua entre os estados com piores índices de desenvolvimento social no Brasil. Para o pesquisador, o cenário é atrelado à falta de investimentos.
“Os caminhos seriam maiores investimentos em geração de emprego, educação e qualificação, além de formação e concepção cidadã. Os paraenses precisam ter mais consciência dos seus direitos enquanto cidadão”.
*Com informações do site G1